Fragmentos do cotidiano na vida académica

11-10-2024

Atividade 3

  Na imagem escolhida, encontramos uma pena branca abandonada.  É um objeto leve, efêmero e que raramente capturaria a nossa atenção em meio à correria da vida acadêmica. A escolha da pena, especificamente, é significativa. Em muitas culturas, penas são vistas como símbolos de leveza, liberdade e transcendência. Elas evocam a imagem de aves que voam livremente, explorando horizontes sem limites. Essa ideia de liberdade é paradoxal, uma vez que a pena, ao estar pousada, também expressa a condição de estar presa a um espaço, um momento. Essa dualidade reflete a vida universitária, onde os estudantes buscam a liberdade do conhecimento e da expressão, mas muitas vezes se sentem limitados pelas exigências acadêmicas e pela rotina. Além disso, a cor branca da pena é evocativa de pureza e inocência, sugerindo uma nova fase ou um recomeço. Para os estudantes, cada semestre representa uma nova oportunidade de crescimento e aprendizado, e a pena pode simbolizar esse potencial. No entanto, sua fragilidade também nos lembra que essas oportunidades são passageiras e que devemos valorizar cada momento. A transitoriedade da pena ressoa com a experiência de muitos alunos que, ao longo do tempo, se deparam com desafios e incertezas em seu caminho.

 No entanto, é justamente na simplicidade desta imagem que reside a sua força simbólica. A pena representa algo que passa despercebido, assim como muitos momentos em nosso cotidiano que, por menores que sejam, podem carregar significados profundos. Essa imagem foi escolhida como destaque por capturar, de forma visual, a transitoriedade da vida universitária e da existência humana. A pena pode ser vista como uma metáfora para o estudante que passa por ali, deixando um rastro quase invisível do seu cotidiano. É uma reflexão visual sobre a fragilidade da vida cotidiana e o rastro efêmero que deixamos no nosso caminho universitário. O simbolismo da pena vai além de sua simples presença física. Ela pode ser vista como uma metáfora para o estudante, cuja jornada pela universidade é, por natureza, transitória. Assim como a pena foi trazida pelo vento e se encontra ali por acaso, os estudantes também passam por esse espaço, deixam sua marca, mas não permanecem para sempre. O ato de pousar e, eventualmente, partir é inerente tanto à pena quanto ao ser humano, e essa fotografia nos lembra dessa condição efêmera. A iluminação natural, que atravessa suavemente o espaço e ilumina a pena, reforça a sensação de fragilidade, quase como se a pena estivesse prestes a desaparecer, dissolvendo-se na claridade do momento. Ao destacar a pena dessa maneira, a fotografia convida o espectador a refletir sobre o que é fugaz e o que permanece  tanto no ambiente físico quanto nas experiências humanas. A fotografia, portanto, não captura apenas um objeto, mas também uma ideia, a ideia de que a vida é composta por momentos transitórios, e que, assim como a pena, flutuamos por esses espaços, deixando atrás de nós apenas vestígios  da nossa passagem. Através dela, somos inspirados a observar o mundo ao nosso redor com uma nova perspectiva, permitindo que a delicadeza da vida se revele em meio à complexidade do nosso dia a dia académico.

Fotografias iniciais de bancos vazios, exploram o espaço e a textura dos materiais. Estas imagens estabelecem a base para entender a relação entre os objetos e o ambiente da faculdade.  A escolha de incluir nas outras imagens vários copos de café e  cigarros apagados reforça a ideia de impermanência. Esses objetos sugerem que alguém esteve ali, ocupando aquele espaço, mas já se foi. O café e o cigarro, consumidos e descartados, são vestígios de um momento que já passou. Eles, assim como a pena, são marcadores de uma pausa, de uma breve interação com o ambiente. No entanto, ao contrário da pena, que ainda parece flutuar no tempo, o copo e o cigarro estão claramente abandonados, sinais de um ciclo que foi concluído e deixado para trás por parte dos estudantes. 

Máquina fotográfica utilizada
Máquina fotográfica utilizada



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